Este artigo objetiva analisar a necessidade da orientação de adolescentes com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) na vida acadêmica, por meio de mentoria, observando-se as instabilidades no desenvolvimento cognitivo na adolescência e início da vida adulta. A neurociência, delimitando a adolescência entre 10 e 24 anos, revela um novo entendimento quanto às discrepâncias do período da maturidade em diferentes ambientes. As evidências descritas pelas áreas da educação, psicologia e neurociência indicam a necessidade de maior atenção no desenvolvimento socioemocional e imaginativo dos jovens com AH/SD. O estímulo destas capacidades é essencial para manter a motivação no processo de aprendizado, evitando o abandono de suas relações sociais. A adolescência é percebida pela neurociência como um sensível período de desenvolvimento, sugerindo sua representação como a segunda "janela de oportunidade". Este trabalho foi conduzido por pesquisa bibliográfica e experimentações, concluindo que a intervenção pela mentoria norteia o jovem com superdotação, amenizando os pontos de tensão, visando o desenvolvimento das funções executivas. Por fim, a mentoria serve de catalisador na descoberta de significativos interesses em outras áreas de estudo, assim desenvolvendo novas capacidades cognitivas.