Cultura, ensino e aprendizagem da empatia na educação médica: scoping review

Abstract

Este estudo teve o objetivo de identificar, na literatura, como a empatia é influenciada pelos diferentes fatores culturais no contexto de ensino e aprendizagem em saúde. Realizado por meio de scoping review , conforme a proposta de Joanna Briggs Institute (JBI), a busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Lilacs, Scopus e Web of Science e executada entre o período de dezembro de 2017 a janeiro de 2018. Observou-se, pelas pesquisas, que os estudantes ocidentais têm maior nível de empatia quando comparados aos estudantes orientais. Além disso, há diferença na empatia entre diferentes etnias, raças, sexo e religião. Sua avaliação dá-se por meio de diferentes instrumentos. Assim, entre os fatores que influenciam a empatia, identificou-se a cultura como sendo um deles. São necessários novos estudos a fim de compreender da melhor forma a empatia entre as diversas profissões da saúde.

Avaliação da empatia em estudantes de enfermagem

“…Essas mudanças, entretanto, acabaram mostrando-se menos significativas do que se esperava, até porque a oferta, no mercado de trabalho, permaneceu fortemente voltada para a área hospitalar. (35) Ao longo dos anos subsequentes, ocorreram, ainda, pequenas modificações, mas apenas em 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde levou à redefinição do currículo, abraçando um conceito mais abrangente e político para a saúde e mais condizente com os propósitos da Reforma Sanitária brasileira, entendida como resultado das condições de renda, habitação, alimentação, meio ambiente, transporte, emprego, liberdade, lazer, posse e acesso à terra e aos serviços de saúde.…”

“…A LDB de 1996 incluiu novas responsabilidades para as Instituições de ensino superior (IES), a sociedade, os professores e os alunos, permitindo a formação de diferentes perfis profissionais, de modo a alcançar melhor adaptação ao mercado de trabalho, tendo as instituições liberdade para definir grande parte de seus currículos. (35) Historicamente, a enfermagem anseia por autonomia enquanto profissão da área da saúde. Daí o esforço para adequar-se às determinações sociais e legais das políticas de saúde e educação.…”

“…Apesar de o ensino da Enfermagem Moderna ter sido institucionalizado em 1923, com a criação da Escola de Enfermagem Anna Nery, sua consolidação efetivou-se somente em 1949, com a Lei nº 775, como resultado das pressões exercidas pela Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. (35) Desde então, o curso tem se esforçado por desenvolver um corpo particular de conhecimentos, à procura de especificidade e autonomia. As teorias de enfermagem tenham representado uma tentativa nessa direção, ainda focalizam predominantemente a prática hospitalar e curativa, o combate às enfermidades e a recuperação do paciente.…”

“…Faz com que a formação do estudante de enfermagem esteja atenta às necessidades dos usuários do SUS e das proposições dele. (35) Portanto, a despeito do progresso significativo alcançado no tocante à profissionalização, participação e, acima de tudo, postura política desse segmento, as mudanças surtiram resultado efetivo e a imagem da profissão evolui de uma perspectiva biomédica para uma perspectiva holística. (36) Outro ponto importante a ser considerado é a necessidade de investir mais na atuação voltada para a saúde coletiva, com modelo centrado no Sistema Único de Saúde (SUS).…”

“…Somente a partir dessa compreensão, será possível criar estratégias para ensinar o estudante a manter seu nível de empatia elevado e chegar ao mercado de trabalho munido não apenas do conteúdo teórico, mas também das habilidades emocionais. (35) Assim, dada à relevância da capacidade empática, o presente estudo tem o intuito de contribuir para essa discussão, avaliando os níveis de empatia entre estudantes de enfermagem.…”