Neste artigo foram estabelecidos como principais objetivos caracterizar as noções de saúde, doença e cura dos iorubás da Nigéria (África Ocidental) e realizar um confronto entre essa etnomedicina e a medicina ocidental moderna, baseada em evidências, dado o fato de essas duas práticas medicinais conviverem em território africano. Considerado o fato de ser volumoso o conjunto de dados a articular, como metodologia de tratamento desses dados optou-se pela realização de um estudo bibliográfico. Os resultados evidenciam a existência de elementos favoráveis e elementos desfavoráveis tanto na oferta de serviços médicos feita pela medicina tradicional iorubá quanto na oferta de serviços médicos feita pela medicina ocidental moderna. Reconhecer os desafios implicados nessa coexistência de duas racionalidades médicas em um mesmo território geográfico e sociocultural parece ser fundamental para a integração desses saberes e dessas práticas médicas em benefício dos ocupantes desse território. Conclui-se que a integração é viável e mutuamente benéfica e é enfatizada a relevância de estudos etnopsicológicos sobre esse encontro humano.