“…Assim, podemos considerar a TV como um local de construção e produção de sentidos e representações sociais, mas que são (em sua maioria) produções orientadas ao consumo, à ampliação do número de telespectadores, que reproduzem discursos hegemônicos e legitimam poderes já vigentes. Não a consideramos, no entanto, em uma dimensão "maligna"; ao contrário, a televisão é um importante mediador entre o sujeito e as cidades e contribui amplamente para a construção de imaginários urbanos, tal como salienta Musse (2013) (1990, p.237), a propósito da televisão, valoriza os estereótipos na "organização e antecipação da experiência, nos impedindo de cair na anarquia mental e no caos", mas atenta para sua mudança de função no seio da indústria cultural de massa, já que eles permanecem reificados e rígidos, apontando para uma manutenção de clichés e ideias pré-concebidas em descompasso com a dinâmica experiência da vida.…”