A diverticulite aguda é a inflamação resultante da microperfuração de divertículos, os quais são pequenas saliências que podem surgir na parede intestinal, A incidência dessa condição aumenta com a idade e está associada a uma dieta pobre em fibras e ao estilo de vida ocidental. Ademais, estima-se que cerca de 10% a 25% dos pacientes com diverticulose desenvolverão diverticulite em algum momento. A condição pode ser classificada em não complicada e complicada, com complicações como abscessos, perfurações, peritonite, obstruções e fístulas, que ocorrem em 8% a 35% dos casos. O diagnóstico pode ser clínico, mas frequentemente requer exames complementares como a dosagem de proteína C reativa (PCR) e a Tomografia Computadorizada (TC), que é o padrão ouro. O tratamento variou historicamente de cirúrgico a clínico, com o manejo clínico se tornando mais comum mesmo nos casos agudos. A diverticulite é a emergência abdominal mais comum em idosos, e o diagnóstico e tratamento corretos são cruciais para evitar complicações graves. A maioria dos casos não complicados apresenta dor abdominal, principalmente no quadrante inferior esquerdo, associada à constipação e, menos frequentemente, diarreia. Casos graves podem apresentar febre, abscessos e sintomas urinários. Os métodos de tratamento variam conforme a gravidade da doença. Casos não complicados são geralmente tratados com antibióticos e reavaliações seriadas, enquanto os casos complicados podem necessitar de drenagem guiada por TC ou cirurgia. As indicações cirúrgicas incluem abscessos difíceis de acessar, pacientes imunodeprimidos e aqueles com perfuração e peritonite.