A OMS ESTIMA QUE A TUBERCULOSE (TB) AFETE CERCA DE 20-40% DA POPULAÇÃO MUNDIAL. DENTRE AS FORMAS EXTRAPULMONARES, PODE HAVER ACOMETIMENTO CUTÂNEO, QUE É RESPONSÁVEL POR SOMENTE 1-4,4% DE TODAS AS FORMAS DE TB. A TUBERCULOSE CUTÂNEA (TBC) É UMA PATOLOGIA RARA E NÃO BEM DEFINIDA, QUE OCORRE DEVIDO INFECÇÃO PELO M. TUBERCULOSIS OU M. BOVIS. AS FORMAS CUTÂNEAS DE TB SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM OS PADRÕES CLÍNICOS MORFOLÓGICOS, A VIA DE AQUISIÇÃO (INOCULAÇÃO EXÓGENA, DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA OU EXTENSÃO REGIONAL) E AS CIRCUNSTÂNCIAS DO ESTADO IMUNE DO HOSPEDEIRO. O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DE TBC EXIGIRÁ BIÓPSIA PARA FINS HISTOPATOLÓGICOS, BEM COMO COLORAÇÃO DE BAAR E CULTURA. A TERAPIA PRECONIZA O USO DE RIFAMPICINA, ISONIAZIDA, PIROZINAMIDA E ETAMBUTOL POR 2 MESES, SEGUIDO POR TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO, POR 4 MESES, COM RIFAMPICINA E ISONIAZIDA. OBJETIVO: O ESTUDO PROPOSTO TEM COMO OBJETIVO IDENTIFICAR A PREVALÊNCIA DE TUBERCULOSE CUTÂNEA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS, EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (HUB), ASSIM COMO AS PRINCIPAIS FORMAS DE APRESENTAÇÃO CLÍNICA DAS LESÕES DE PELE, OS ESQUEMAS TERAPÊUTICOS MAIS UTILIZADOS NOS CASOS REGISTRADOS, O TEMPO DE TRATAMENTO E RESPOSTA TERAPÊUTICA. MÉTODOS: TRATA-SE DE UM ESTUDO RETROSPECTIVO E TRANSVERSAL, A PARTIR DE ANÁLISE QUANTI-QUALITATIVA DE DADOS COLETADOS NOS PRONTUÁRIOS DE PACIENTES ATENDIDOS E ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE DERMATOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (HUB), NO PERÍODO DE 2009 A 2019. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A PESQUISA REVELOU APENAS 12 PACIENTES COM O DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE CUTÂNEA. HOUVE PREDOMÍNIO NO SEXO MASCULINO, DISCORDANDO DA MAIORIA DOS ESTUDOS JÁ PRESENTES. PESSOAS ENTRE 41-60 ANOS FORAM RESPONSÁVEIS PELA METADE DOS CASOS ENCONTRADOS. O PERCENTUAL DE PESSOAS IMUNOSSUPRIMIDAS POR TERAPIA MEDICAMENTOSA FOI DE 16,7%, E ESTES APRESENTARAM UMA MÉDIA DE TEMPO DA EVOLUÇÃO CLÍNICA MAIS PROLONGADA QUE OS DEMAIS. 50% DAS LESÕES SE APRESENTARAM NOS MEMBROS INFERIORES. 16,7%. A MAIORIA DOS PACIENTES SE SUBMETEU AO PPD (91,7%). DESTES, 81,8% MOSTRARAM-SE COMO REATOR FORTE. TODOS OS PACIENTES PESQUISADOS APRESENTARAM HISTOPATOLOGIA SUGESTIVA PARA TUBERCULOSE CUTÂNEA. 16,6% APRESENTARAM MUDANÇA DE DIAGNÓSTICO APÓS CERCA DE NOVE A DEZ MESES DE TRATAMENTO PARA A TBC. APENAS SETE PACIENTES COMPLETARAM O TRATAMENTO PARA TBC NO HUB, E DESTES, 71,4% OBTIVERAM CURA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ESTE É O PRIMEIRO ESTUDO REALIZADO SOBRE O ASSUNTO NO DISTRITO FEDERAL. AS LESÕES MAIS COMUMENTE OBSERVADAS FORAM PLACAS, ABSCESSOS E NÓDULOS. SÃO IMPORTANTES PARA O DIAGNÓSTICO O PPD E A HISTOPATOLOGIA, SENDO A CULTURA DE PELE POUCO EFICAZ. APESAR DE TER SIDO ESTABELECIDO O TRATAMENTO PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE, A MAIORIA DOS CASOS OCORRE POR UM PERÍODO DE TEMPO MAIS PROLONGADO QUE OS SEIS MESES INICIALMENTE RECOMENDADO. ASSIM, PERCEBE-SE A NECESSIDADE DE ESTABELECER CRITÉRIOS CLÍNICOS PARA IDENTIFICAR FORMAS E TBC RESISTENTES E PARA DEFINIR O MOMENTO ADEQUADO DA MUDANÇA TERAPÊUTICA.