O transplante pulmonar (TP) é uma alternativa invasiva utilizada por cirurgiões em pacientes acometidos por doenças geradoras de falência pulmonar. Apesar dos regimes imunossupressores administrados aos pacientes após a cirurgia reduzirem a incidência de rejeição do transplante, receptores de transplante de pulmão têm o maior risco de contrair infecções fúngicas invasivas (IFIs) entre a população de transplante de órgãos sólidos. As complicações geradas pelas IFIs variam de acordo com a gravidade do paciente e o agente fúngico responsável. O objetivo deste artigo foi sintetizar os métodos profiláticos bem como a sua importância para a prevenção de infecções fúngicas após a terapias invasivas de transplante pulmonar. Tendo isso em mente, tal artigo trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática, na qual foram selecionados 22 artigos científicos a respeito do tema, por meio de uma abordagem descritiva-exploratória, utilizando bases de dados MEDLINE e BVS, com os descritores ''Invasive Fungal Infection'', ''Lung Transplantation'' e ''Lung Grafting'', separados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”, publicados entre os anos 2018 e 2023, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram artigos originais publicados nas três línguas, retratando a temática referente à revisão sistemática e indexados nos referidos bancos de dados nos últimos cinco anos, enquanto o critério de exclusão foi não responder à pergunta norteadora. Nesse contexto, tem- se que além da complexa patogênese, a imunossupressão que sucede o TP bem como a variável tolerabilidade dos antifúngicos pelos pacientes, a crescente taxa de resistência dos micro-organismos e os altos custos dos medicamentos profiláticos corroboram grandemente com a dificuldade para se evitar infecções fúngicas invasivas. Dessa forma, duas técnicas para administração se destacam como métodos viáveis, sendo elas a profilaxia universal, quem tem como principais representantes agentes azólicos e a anfotericina B, e a profilaxia direcionada, cujo consenso para o tipo de antifúngico a ser usado apresenta-se menos definido. Assim conclui-se que diversos centros adotam medidas profiláticas para reduzir as complicações decorrentes das infecções fúngicas no pós-operatório sendo possível observar uma predominância da profilaxia universal em relação à profilaxia direcionada. Porém, apesar dos benefícios da maior efetividade profilática, a profilaxia universal tem um alto custo e maior taxa de efeitos colaterais, enquanto a profilaxia direcionada mostra- se mais interessante quanto a esses pontos. Portanto, torna-se imprescindível a ampliação de estudos que envolvam uma melhor utilização e integração da profilaxia direcionada.