ResumoComparar resultados clínicos, funcionais e de qualidade de vida de pacientes com fratura do planalto tibial operados com placa bloqueada ou convencional e comparar os custos hospitalares dos implantes.Estudo comparativo de coortes transversal, retrospectivo, em uma série consecutiva de pacientes com fratura do planalto tibial tratados cirurgicamente entre agosto de 2015 e junho de 2016. Foram excluídos: menores de 18 anos; indivíduos incapazes de responder os questionários ou de comparecer para reavaliação; politraumatizados ou com lesões associadas no mesmo membro; pacientes não tratados com placa ou conservadoramente. Os autores compararam os custos dos implantes, a qualidade de vida (SF-12), o escore de Lysholm, a escala visual de dor e os parâmetros clínicos e radiográficos.Foram observadas 45 fraturas no período, das quais 11 foram excluídas. Dos 34 pacientes, dois não compareceram à entrevista (seguimento de 94%). O tempo de seguimento foi 15,1 ± 4,8 meses. O grupo A (placa bloqueada) incluiu 22 pacientes (69%), com custo hospitalar médio dos implantes de R$ 4.125,39 (dp = R$1.634,79/paciente). O grupo B (placa convencional) incluiu dez pacientes (31%), a um custo médio de R$ 438,53 (dp = R$ 161,8/paciente; p < 0,00001). Para os demais parâmetros avaliados, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos, exceto por um maior degrau articular no grupo A (2,7 mm ± 3,3 mm vs. 0,5 mm ± 1,6 mm; p = 0,02; TE = 0,90).O custo dos implantes bloqueados para o tratamento das fraturas do planalto tibial é significativamente superior aos implantes convencionais, embora não tenham apresentado vantagem clínica, radiográfica, funcional ou de qualidade de vida, nos pacientes dessa amostra.