Debatendo Sobre Medicalização Com Docentes Em Escolas Públicas E Privadas

Abstract

RESUMO Este estudo teve o intuito de conhecer de que forma o tema da medicalização da educação tem sido abordado e debatido entre profissionais da educação, mais especificamente as/os docentes. Dez escolas públicas e particulares de Belém participaram da pesquisa-intervenção, na qual utilizamos aulas-teatro como disparadoras do debate junto às professoras e professores. A partir dessa experiência, sistematizamos três categorias de análise: a) A ausência de discussão crítica sobre a medicalização da educação; b) A exigência do laudo; c) A falta de estrutura e investimento na formação continuada. Discute-se a carência de políticas que favoreçam práticas não medicalizantes no contexto educacional, bem como a necessidade de maior engajamento das escolas nesse debate.

Resignifying the School Complaint: Parque’s Contributions to the Demedicalization of Education

“…In addition, the research carried out by Labadessa and Lima (2017) points out that schools, in general, do not discuss the feedback they receive from referrals to psychological care, nor do they create intervention strategies in the face of difficulties, under the justification of time lack. Lima, Cruz, Lima and Brandão (2021) highlight that working time consumed by pressure from different instances, internal and external to schools, is one of the factors that contributes to the lack of criticism of medicalization processes in school institutions, which tend to naturalize the presence of medical diagnoses as explanations for the problems that arise in the teaching--learning process.…”

Estado da arte sobre a produção científica nacional da medicalização do comportamento

“…Um dos amplos usos desse conceito ocorre no âmbito escolar, concernente aos denominados problemas de comportamento. Neste contexto, os comportamentos considerados socialmente como inadequados são rotulados de uma forma simplista e individualizante como transtornos mentais de origem orgânica, desconsiderando-se os diversos determinantes sociais envolvidos (Silva, Deus & Kantorski, 2021;Lima et al, 2021). Na bibliografia, o termo medicalização do comportamento é usado de forma diversificada, normalmente com o intuito de definir a transformação de comportamentos considerados desviantes em doenças (Zorzanelli, Ortega & Bezerra, 2014).…”