O processo de decomposição auxilia no equilíbrio e funcionamento dos ecossistemas florestais por meio da liberação de nutrientes para o sustento das plantas. O objetivo foi avaliar a decomposição foliar como indicador de funcionalidade em três áreas restauradas por plantio de mudas com mais de dez anos, no Mato Grosso do Sul. O estudo foi realizado em 2017, nos municípios de Ivinhema, 13 anos após o plantio (IV-13); Jateí, com 14 anos de plantio (JA-14); e Caarapó, com 17 anos de plantio (CA-17). Folhas recém-caídas foram coletadas, secas em estufa a 65ºC, pesadas em porções de 10 gramas e colocadas em sacos de decomposição (litterbags), distribuídos aleatoriamente sobre o piso florestal das áreas. Para avaliar a perda da biomassa seca, foram retirados 10 litterbags aos 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias após instalação. Foram estimados o percentual de massa remanescente, a taxa de decomposição (k), o tempo de meia-vida (t ½) e a correlação de Pearson (r) entre a massa remanescente e a precipitação e temperatura. A (k) no período de 180 dias para CA-17 foi de 0,004 g g-1 dia-1 e 0,003 g g-1 dia-1 para IV-13 e JA-14, já o (t ½) foi de 269,49 dias para IV-13, 218,29 para JA-14 e 194,89 dias para CA-17. A (r) foi fraca para todas as áreas e variáveis, exceto IV-13 que obteve (r) moderada para a precipitação. A idade dos plantios não é determinante, a decomposição é regida principalmente pelas características internas e externas das áreas. O indicador foi eficiente na compreensão das taxas de decomposição, constatando perda de massa foliar mais acelerada para CA-17 e JA-14, o que pode resultar na mais rápida liberação de nutrientes para o solo e retorno à vegetação. Recomenda-se a utilização de indicadores complementares para compreensão holística da dinâmica de ecossistemas em restauração.