ResumoA Esquistossomose Mansônica pode evoluir com fibrose periportal e a detecção da fibrose vem sendo estudada. Avaliar o índice APRI em pacientes portadores de Esquistossomose Mansônica. Foram avaliados 84 pacientes com formas diferentes da doença submetidos a exames de ultrassonografia, determinação de enzimas e cálculo do índice APRI. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística conforme a necessidade. A média de valores do APRI na forma EHE foi de 1,27 ± 0,93; na EHI, de 1,27 ± 0,93 e na EI foi de 0,25 ± 0,04, sendo observada uma diferença significativa (p<0,0001) à medida que a fibrose avançava. Foi observado um aumento significativo do espessamento periportal ao ultrassom na forma EHE da doença em relação às demais (p<0,001). A correlação entre o ultrassom e o APRI é sugestiva de haver uma concordância significativa entre os dois. O ponto de corte de 1,7 do APRI mostrou sensibilidade e especificidade de 100%. O APRI apresentou boa performance na identificação de fibrose hepática na Esquistossomose Mansônica. Um cálculo de APRI igual ou maior que 1,7 indica uma fibrose severa, enquanto um limiar abaixo de 0,35 indica, com segurança, que não existe fibrose. É seguro usar o APRI para identificar a existência de fibrose hepática. Para a estratificação do grau de fibrose, um resultado do APRI acima de 1,7 confirma a presença de fibrose severa.