A temática de incêndios florestais está cada vez mais em pauta, seja por influência de mudanças climáticas ou por efeitos antrópicos, havendo grande preocupação com seus efeitos prejudiciais ao ambiente. A partir disto, esta pesquisa objetivou o mapeamento do potencial de risco de incêndios florestais na bacia hidrográfica do rio Tapacurá, utilizando ferramentas de sensoriamento remoto e processamento de dados através de Sistemas de Informação Geográficos (SIGs). Para isto, foram utilizadas metodologias adaptadas dos trabalhos de Chuvieco e Congalton, sendo possível determinar diferentes classes de risco de incêndio, variando de baixo, médio à alto, para diversos fatores ambientais que irão influenciar estes processos, tais como o uso e ocupação do solo, declividade do relevo, deficiência hídrica anual, precipitação pluviométrica, altitude, temperatura média do ar, evapotranspiração real anual e a orientação das faces de encostas. Através destes fatores, foi possível obter o mapa de risco de incêndio que denotou 48,49% da área da bacia encontrando-se sob nível médio de risco de incêndio, seguido por 41,28% da área sob alto risco de incêndio, e 10,23% da área constituída por baixo nível de risco de incêndio. O estudo permitiu a melhor compreensão destes riscos sobre a área da bacia, como também apresentou grande potencial para nortear a tomada de decisão da esfera pública para possíveis medidas de prevenção e combate de focos de incêndio.