“…Merece menção aqui que a interpretação técnica para o aumento do número de capivaras em áreas urbanas e rurais está mais relacionada ás modificações ambientais humanas que favoreceram acidentalmente estes animais de forma similar à que ocorreu com outros animais sinantrópicos. As modificações cruciais neste contexto foram entre outros, o estabelecimento de coleções hídricas onde antes não existiam, disponibilidade aumentada de alimentação e diminuição da predação pelo ser humano e outros predadores (MARCHINI;CRAWSHAW, 2015;VERDADE;FERRAZ, 2006;CAMPOS-KRAUER;WISELY, 2011). De fato, a densidade e a biomassa de capivaras podem ser muito maiores em áreas antropizadas do que em locais prístinos e estão presentes em ambientes que não suportariam populações de capivaras antes das modificações ambientais antrópicas (VERDADE;FERRAZ, 2006;LABRUNA et al, 2017;CAMPOS-KRAUER;WISELY, 2011).. Portanto, no caso específico das capivaras em áreas urbanas, usando uma alcunha antrópica, o termo "invasão" seria mais apropriado que "refugiado".…”