Resumo: Introdução: O Hiperparatireoidismo Primário (HPTP) é um distúrbio endócrino relativamente comum sendo a causa mais comum de hipercalcemia em pacientes ambulatoriais (MARQUES; MOREIRA, 2020). Seu diagnóstico se baseia em dosagens elevadas dos níveis de PTH em pacientes hipercalcêmicos (DELGADO-GOMEZ et al., 2020). O perfi l bioquímico mais frequente é o de hipercalcemia, hipofosfatemia e níveis elevados de paratormônio (MARQUES; MOREIRA, 2020). O HPTP é mais comum em mulheres do que em homens e aumenta com o envelhecimento em ambos os sexos (MARQUES; MOREIRA, 2020). A grande maioria dos casos (80 -85%) são causados por um adenoma isolado de uma glândula paratireóide e apenas 2% por carcinoma de paratireóide (XA-VIER, 2020). As manifestações clínicas devem-se aos efeitos do aumento da secreção do PTH e do aumento do valor do cálcio sérico, podendo apresentar nefrolítiase, doença óssea, manifestações gastrointestinais, manifestações neuropsiquiátricas, e sintomas inespecífi cos, que podem ser atribuídas à hipercalcemia como anorexia, náuseas, obstipação, polidpisia e poliúria (MARQUES; MOREIRA, 2020). A paratireoidectomia é o tratamento padrão -ouro (XAVIER, 2020). A redução dos valores séricos do PTH em 50% ou mais em relação aos níveis anteriores sugere que a paratireoidectomia foi bem-sucedida e o cálcio sérico retorna ao valor normal após 24 -72 horas (RODRIGUEZ et al., 2021). Se a cirurgia não puder ser realizada, o manejo clínico é indicado (GUZMAN; ARIBA, 2021).