ResumoO mapeamento de densidade demográfica é recorrente nas análises geográficas, suas aplicações são variadas e representa a relação do número de habitantes por uma determinada área, que geralmente poder ser: um país, estado, município, bairro, setor censitário, dentre outras. Assim, a densidade demográfica é critério fundamental para a compreensão da dinâmica populacional, sedo um índice adotado por diversos países em diferentes continentes. Contudo, o Método Coroplético, que é clássico e de uso recorrente na espacialização de densidade demográfica revela que a população está distribuída homogeneamente em cada unidade de área, mesmo quando partes da região é, na realidade, desabitada. Desse modo, esse capítulo apresenta o Método Dasimétrico, que é uma alternativa para estimar a localização mais realista da ocupação humana para o cálculo de densidade demográfica, dentro da unidade de área a ser adotada. Para tanto, emprega-se o processamento de imagens de sensoriamento remoto orbital em ambientes de sistemas de informação geográfica. Os resultados indicam as áreas construídas, onde se localizam os habitats urbanos, enquanto "principal tarefa geográfica". Além disso, contribui para pensar o urbano na sua dimensão sócio-espacial, como o modo pelo qual a reprodução do espaço se realiza na contemporaneidade, como realidade e como possibilidade. Assim, quando identificadas áreas densamente povoadas é possível observar impactos sociais, ambientais e econômicos, especialmente com maiores riscos de degradação ambiental, criminalidade e sobrecarga da infraestrura viária. Por fim, sob a perspectiva do método, a experiência tem revelado resultados de densidades demográficas mais realísticas com tendência de aumento do teor de seus valores nas cidades brasileiras.Palavras-chave: dasimetria, geografia urbana, processamento digital de imagem, urbanização.
Geografia por sensoriamento remotoJoceli Augusto Gross (Ed.