A condição socioeconômica, demográfica pode influenciar e os fatores psicossociais, como medo, ansiedade e estresse durante atendimento odontológico tem sido objetos de estudos na literatura científica. Com isso, foi realizado um estudo clínico transversal, que avaliou o medo, a ansiedade e o estresse e a relação destes fatores com a condição socioeconômica de crianças de 04 a 12 anos (n=153) atendidas na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Os estímulos psicológicos foram avaliados pelos cirurgiões-dentistas por meio da Escala Visual Analógica (EVA), ao final do atendimento. A condição socioeconômica e demográfica de cada família foi avaliada por meio de um questionário socioeconômico respondido pelos responsáveis. Em relação aos estímulos apresentados após as consultas, obteve-se uma média de 1,84 cm (± 2,28) para a ansiedade, 1,45 cm (± 1,93) para o estresse e 1,74 cm (± 2,28) para o medo. A ansiedade (P=0,002), o estresse (P=0,026) e o medo (P=0,001) apresentaram correlação estatisticamente significativa com a idade da criança, mas não apresentaram com escolaridade, trabalho, renda ou moradia (P>0,05). Crianças menores possuem uma tendência em externalizar sentimentos como medo, portanto necessitam de uma abordagem mais lúdica e cautelosa.