Introdução: A cárie na primeira infância ainda é um problema de saúde pública no Brasil, expresso pelas pequenas reduções no índice ceo-d na idade de 5 anos ao longo do tempo. Esse panorama pode refletir dificuldade de acesso e resolutividade nas Redes de Atenção à Saúde (RAS) no que se refere ao atendimento odontológico infantil. Objetivo: Este trabalho apresenta uma revisão integrativa da literatura sobre o acesso e a resolutividade da atenção em saúde bucal na primeira infância nas RAS do Sistema Único de Saúde Brasileiro. Materiais e métodos: Foram consultadas as bases de dados do Medline/Pubmed, SciELO e Google Scholar e selecionados artigos publicados nos idiomas inglês e português entre 2005 e 2021. Revisão da literatura: Foi observado baixo percentual de uso de serviços odontológicos por crianças em idade pré-escolar, sendo o acesso influenciado por variáveis socioeconômicas e aspectos relacionados aos serviços. Discussão: Adoção da Estratégia Saúde da Família (ESF), realização de busca ativa, inclusão da saúde bucal nas ações programáticas de saúde infantil e adequada comunicação entre os pontos de atenção são fatores positivos ao acesso à saúde bucal. O atendimento odontológico infantil ocorre majoritariamente na atenção básica, havendo pouca expressividade na atenção especializada, porém profissionais generalistas podem apresentar dificuldades em gerir o comportamento infantil durante o atendimento odontológico. Conclusão: Ações de educação permanente em Odontopediatria direcionadas aos profissionais da atenção primária são recomendadas, dada a capilaridade e o caráter familiar desse nível de atenção, porém a inclusão da especialidade de Odontopediatria nos Centros de Especialidades Odontológicas merece investimento e atenção dos gestores.