O controle de plantas daninhas é de grande importância na cafeicultura, pois competem com o cafeeiro por luz, água e nutrientes. O controle químico tem se destacado com o uso do glyphosate, com ação pós-emergente e não seletivo ao cafeeiro. Porém, quando aplicado nas lavouras de café, pode afetar negativamente essas lavouras por efeito da deriva. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial da sacarose na desintoxicação de plantas jovens de cafeeiro atingidas por glyphosate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no setor de Cafeicultura do Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em esquema fatorial 3 x 4, com três cultivares de café arábica (Catuaí IAC 144, Icatu e Catiguá MG2) e quatro subdoses de sacarose. As plantas foram submetidas a 720 g ha-1 de glyphosate, simulando uma deriva acidental, com tratamentos de solução de sacarose nas concentrações de 0%, 1%, 2% e 4%. Os parâmetros avaliados foram intoxicação, crescimento e características fisiológicas. As plantas apresentaram clorose em folhas novas, nas regiões meristemáticas das plantas, sendo a cultivar Icatu a mais afetada. Nos parâmetros fisiológicos, observou-se que em doses iguais ou superiores a 2%, a sacarose foi eficiente no processo de reversão de intoxicação das cultivares utilizadas. Nos parâmetros de crescimento, a sacarose contribuiu para o aumento de biomassa das plantas do cafeeiro, com o aumento das concentrações, com efeito acentuado nas cultivares Catiguá MG2 e Catuaí IAC 144.