2015
DOI: 10.15448/1677-9509.2015.1.21388
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Desafios à formação e ao trabalho profissional num contexto de crise / Challenges to training and professional work in a crisis context

Abstract: Desafios à formação e ao trabalho profissional num contexto de crise  Challenges to training and professional work in a crisis context JANE CRUZ PRATES   presente artigo é composto por uma breve explanação sobre o contexto mundial e o impacto da crise na proteção social, breves reflexões sobre o contexto político brasileiro para, de modo contextualizado, problematizar o binômio formação-trabalho do assistente social, articulado aos muitos desafios que estão postos para os trabalhadores e para os assistent… Show more

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“…Contudo, isso começa a vir à tona associado a uma maior sensação de impunidade. São justas e pertinentes as manifestações contra a corrupção, pela democratização dos recursos públicos, pela disputa de maior volume de recursos para políticas públicas, a luta por melhores condições de emprego e salário, bandeiras históricas de movimentos sociais e sindicais, mas estes novos movimentos também abrigavam no seu interior fortes marcas conservadoras e demandavam explicitamente por retrocessos tais como o retorno à ditadura, o armamento da população, a redução da maioridade penal, a rejeição a organizações partidárias, sindicais, movimentos sociais, o repúdio indiscriminado a programas sociais, a discriminação de nordestinos, da população negra, de homossexuais, e um apelo a um falso nacionalismo (PRATES, 2015) Esse movimento assustador de crescimento do conservadorismo e de reações contra a livre manifestação da diversidade, especialmente de reconhecimento do direito ao acesso aos mais pobres a bens socialmente produzidos, em que pese ainda serem tão restritos no país, tem gerado fortes reações de uma burguesia conservadora que não admite perder seus privilégios e seu status em declínio, cujas fronteiras se veem ameaçadas pela sutil, mas importante, mobilidade dos pobres. Isso se verifica no aumento dos índices de violência e intolerância de toda ordem, não só no Brasil, mas de modo crescente na América Latina e na Europa ou mesmo em ataques absurdos que ganham destaque junto às mídias internacionais, contra alguns segmentos como: LGBTs, nos EUA; populações indígenas, no Brasil; ou no tratamento desumano e brutal que grandes deslocamentos de populações refugiadas têm vivenciado em países europeus.…”
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“…Contudo, isso começa a vir à tona associado a uma maior sensação de impunidade. São justas e pertinentes as manifestações contra a corrupção, pela democratização dos recursos públicos, pela disputa de maior volume de recursos para políticas públicas, a luta por melhores condições de emprego e salário, bandeiras históricas de movimentos sociais e sindicais, mas estes novos movimentos também abrigavam no seu interior fortes marcas conservadoras e demandavam explicitamente por retrocessos tais como o retorno à ditadura, o armamento da população, a redução da maioridade penal, a rejeição a organizações partidárias, sindicais, movimentos sociais, o repúdio indiscriminado a programas sociais, a discriminação de nordestinos, da população negra, de homossexuais, e um apelo a um falso nacionalismo (PRATES, 2015) Esse movimento assustador de crescimento do conservadorismo e de reações contra a livre manifestação da diversidade, especialmente de reconhecimento do direito ao acesso aos mais pobres a bens socialmente produzidos, em que pese ainda serem tão restritos no país, tem gerado fortes reações de uma burguesia conservadora que não admite perder seus privilégios e seu status em declínio, cujas fronteiras se veem ameaçadas pela sutil, mas importante, mobilidade dos pobres. Isso se verifica no aumento dos índices de violência e intolerância de toda ordem, não só no Brasil, mas de modo crescente na América Latina e na Europa ou mesmo em ataques absurdos que ganham destaque junto às mídias internacionais, contra alguns segmentos como: LGBTs, nos EUA; populações indígenas, no Brasil; ou no tratamento desumano e brutal que grandes deslocamentos de populações refugiadas têm vivenciado em países europeus.…”
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“…(MARQUES; MENDES, 2013). De modo perverso, num contexto em que os sujeitos necessitam de mais proteção social para enfrentar as refrações da crise, garantindo o atendimento de suas necessidades, essa estrutura é reduzida, sob o discurso de que esses cortes compõem medidas que visam, conforme argumentam alguns governos, o Banco Central europeu e o FMI, recuperar a capacidade dos estados endividados(PRATES, 2015).No Brasil a utilização de medidas anticíclicas ou neodesenvolvimentistas, de algum modo, protelaram os impactos mais significativos da crise que se fez sentir de maneira mais substantiva a partir de 2013, mas há que se considerar o somatório de condicionantes econômicos associados a um contexto político que, sem dúvida, potencializou a crise. Nas últimas eleições brasileiras tivemos uma vitória por pequeno índice de vantagem do Governo Dilma e a eleição de um Congresso extremamente conservador, contexto seguido de uma sequência de denúncias e manifestações que mantiveram o governo sempre sob forte tensão, acrescida de uma mobilização por parte da mídia nacional fortemente concentrada nas mãos de pequenos grupos privados e decidida a desestabilizar o governo eleito.…”
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