A territorialização – integrada à Política Nacional de Atenção Básica – apresenta princípios de universalidade, equidade e integralidade. Assim, objetivou-se revisar as influências da territorialização, no acesso aos serviços e às ações em saúde, pela população residente na região de fronteira brasileira. Realizou-se uma revisão sistemática, na base de dados BVS, entre os anos de 2016 e 2021. Foram recuperados 18 artigos, dos quais 5 foram selecionados para compor a amostra. Verificou-se que a territorialização, quando não percebida apenas sob o aspecto paisagístico, mas como uma ferramenta de gestão para o planejamento em saúde, facilita o acesso universal e equitativo ao Sistema Único de Saúde, estabelecendo um diagnóstico de saúde comunitário, tarefa para a qual os agentes comunitários de saúde apresentam papel de destaque, favorecendo o vínculo da comunidade com a Estratégia Saúde da Família. Entretanto, caso o território seja entendido como um mapa estático, funciona como fator excludente do direito de garantia às ações em saúde às pessoas, como, por exemplo, é a situação de residentes nas áreas localizadas dos dois lados da fronteira. A partir da análise dinâmica e com educação continuada em saúde, podem ser desenvolvidos planejamentos de gestão favorecedores de acesso às ações em saúde pela clientela adscrita e flutuante nas regiões de fronteira.