Identificar o risco de transmissão da Leishmaniose Visceral associada as condições de saneamento e à prevalência da doença em Teresina-Piauí. O estudo configura-se em pesquisa documental descritiva quantitativa, com dados extraídos do Sistema Nacional de Informação de Agravos e Notificação (SINAN/DATASUS), Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Centro de Zoonoses da cidade de Teresina. Segundo os dados do SINAN/DATASUS, foram registrados 345 casos de LV no município de Teresina, entre o período de 2013 a 2018. O ano que apresentou o maior número de casos foi 2013 (20%) e o menor 2018 (10,14%). Quanto à variável sexo, os indivíduos do sexo masculino foram os mais acometidos (70,14%), apresentou a maior ocorrência em indivíduos residentes da zona rural (90,72%) e de cor parda (90,43%). Em relação à LVC em Teresina, no período estudado o Centro de Zoonoses coletou 42.065 amostras de sangue, sendo que 67,07% delas foi sororreagente ao Teste Rápido e 32,93% sororreagentes ao Teste ELISA. Observou-se nos períodos de menor número de notificações da doença, houve um melhor abastecimento de água, esgoto e coleta de resíduos. Dessa forma foi possível perceber que a Leishmaniose visceral humana e canina relaciona-se com as questões sanitárias, uma vez que a falta de saneamento adequado contribui para a maior proliferação do vetor e por consequência aumento na quantidade de casos de Leishmaniose Visceral. Conclui-se que quantidade de casos de Leishmaniose Visceral Humana e Canina evoluiu de forma semelhante, levantando o risco de transmissão da doença no meio urbano.