Introdução: A neoplasia da mama, exceto o câncer de pele não melanoma, é a mais incidente no Brasil. O câncer de mama é estratificado em subtipos de acordo com sua gênese. O estrogênio, por sua vez, é um hormônio esteroide que está relacionado à origem de câncer de mama do tipo hormônio dependente. Nesse contexto, a hormonioterapia, empregada no tratamento dos sintomas menopáusicos e também na terapia hormonal de transgêneros, está envolvida diretamente com o volume de estrogênio circulante no corpo destes grupos. Objetivo: Diante do exposto, surge a preocupação quanto ao aumento da incidência de câncer de mama em transgêneros. Logo, esta revisão de literatura objetivou avaliar a relação do câncer de mama com a terapia hormonal a longo prazo, e ainda, a situação do rastreio de neoplasias de mama em mulheres e homens transgênero, bem como os seus desafios. Metodologia: Revisão literária, resultante de pesquisas na BVS, PubMed, EbscoHost e SciELO abrangendo artigos em inglês, português e espanhol. Resultados: Foram analisados doze artigos. Foi evidenciado na literatura insuficiência de documentação para uma possível afirmação ou negação da relação entre terapia hormonal e maior incidência de câncer de mama em transgêneros, devido à falta de estudos. Conclusão: É necessário que seja melhor compreendida a epidemiologia, para que exista alguma diretriz própria a respeito da prevenção secundária em pessoas transgênero, além de um melhor preparo dos profissinais para um atendimento de qualidade. Ainda, sugere-se que essa população seja melhor documentada, de modo a ter-se mais estudos e políticas específicas.