Descemetocele asociado a distiquiasis bilateral en un perro: Reporte de caso

Abstract

Este trabalho objetiva relatar um caso de descemetocele bilateral associado à distiquíase, o qual recebeu tratamento cirúrgico. Realizou-se ceratoplastia bilateral com retalho conjuntival pediculado e epilação manual. A paciente (cadela da raça Shih Tzu, cinco anos de idade) foi atendida na clínica Doctor Vet (Núcleo de Especialidades Veterinária), localizada no Setor Comercial Local Residencial Norte, Quadra 712, Bloco G, Loja 15 Asa Norte - Brasília DF. A tutora relatou que a paciente, ficou mais quieta que o normal, com muita secreção ocular, mantendo os olhos sempre fechados e apresentando muita dor na hora de limpar. No exame físico específico, a paciente mostrou-se responsiva a ameaça, ao avaliar o bulbo ocular observou-se, distiquíase bilateral (pálpebras), presença de secreção esverdeada na mucosa de ambos os olhos, conjuntiva hiperêmica tanto do olho direito como esquerdo, na córnea notou-se, com o auxílio da lâmpada de fenda, o olho direito com edema intenso e difuso com vasos e descemetocele, já no olho esquerdo, além das mesmas alterações corneanas do olho direito, evidenciou ceratite bolhosa dorsal. O teste de fluoresceína foi realizado para fins diagnóstico. Diante do exposto o animal foi diagnosticado com descemetocele bilateral e distiquíase. Para tratamento foi indicado a ceratoplastia e epilação manual respectivamente. A ceratoplastia utilizando enxerto conjuntival pediculado mostrou-se eficaz, reparando e evitando a progressão da descemetocele e consequentemente ruptura corneal em ambos os olhos, restando apenas uma cicatriz na córnea. No entanto, por se tratar de uma paciente que apresenta distúrbios dos cílios, é fundamental o acompanhamento clínico periódico.

Dermoplastia da prega cutânea nasal para correção de entrópio em cão da raça pug: relato de caso

“…O entrópio é resultado da inversão parcial ou total da margem palpebral, ocasionando o contato dos pelos da porção externa da pálpebra com a córnea e/ou conjuntiva, sendo acentuado pelas pregas nasais exuberantes em cães braquicefálicos (Cappellesso, 2022). Os sinais clínicos se manifestam como epífora, secreção serosa ou mucopurulenta e blefaroespasmo, com a irritação crônica na córnea é possível observar edema, vascularização, tecido de granulação (Carvalho, 2016;Cappellesso, 2022), a ceratite pigmentar ocorre como resposta da córnea a uma irritação crônica com a deposição de melanócitos a partir da neovascularização que se inicia do limbo e da conjuntiva bulbar, levando à deficiência visual progressiva (Brandão et al,2021) e ceratite ulcerativas devido ao auto traumatismo induzido pela irritação contínua, podendo ser classificadas de acordo com a camada atingida (Oliveira, 2018;Rodrigues, 2021).…”