RESUMO O conhecimento das propriedades físicas e mecânicas da madeira é crucial para a segurança e eficácia do dimensionamento das estruturas. Além de favorecer a diversificação e abastecimento do mercado madeireiro, a determinação de tais propriedades, para diferentes espécies nativas, pode contribuir para a redução da exploração concentrada de madeiras tropicais. Entre as madeiras disponíveis para a construção civil na Região Tocantina do Maranhão encontra-se o tuturubá (Pouteria oblanceolata Pires). Neste contexto, este estudo teve como objetivo determinar as propriedades físicas e mecânicas da madeira de tuturubá, visando o seu uso em estruturas de edificações. Foram determinados: o teor de umidade, a densidade aparente, as resistências à compressão paralela e perpendicular às fibras, a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, a resistência à flexão e os módulos de elasticidade à compressão paralela às fibras e à flexão. Obteve-se um teor de umidade médio de 13,88%, uma densidade aparente média de 992,04 kg.m-3, o valor médio da resistência à compressão paralela às fibras igual a 60,03 MPa e o valor característico de 56,86 MPa, sendo o módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras de 22761 MPa. A resistência média à compressão perpendicular às fibras foi de 10,74 MPa e a resistência média ao cisalhamento paralelo às fibras foi igual a 10,47 MPa. A resistência à flexão média foi de 154,82 MPa e o valor característico igual a 128,37 MPa, enquanto o valor médio do módulo de elasticidade à flexão foi de 21026 MPa. Os resultados permitiram classificar a madeira de tuturubá como pertencente à classe de resistência mecânica D50. Comparativamente com outras espécies disponíveis no mercado madeireiro, a madeira de tuturubá apresentou propriedades mecânicas superiores às madeiras de pequiá (Caryocar villosum) e tauari (Couratari oblongifolia). Esta caracterização físico-mecânica evidencia o potencial da madeira de tuturubá para utilização em estruturas de edificações.