Desempenho longitudinal da deglutição orofaríngea na distrofia miotônica tipo 1

Abstract

RESUMO Este estudo teve por objetivo descrever o desempenho longitudinal da deglutição orofaríngea em indivíduo com distrofia miotônica tipo 1. Estudo de caso único de indivíduo de 66 anos, sexo masculino, com diagnóstico neurológico em 2010. Realizou a primeira avaliação clínica e objetiva da deglutição após quatro anos do diagnóstico neurológico. Foram realizadas sete avaliações objetivas da deglutição, por meio de videoendoscopia de deglutição, nas consistências pastosa, líquida espessada e líquida, com 3, 5, 10 ml, durante o processo de diagnóstico e gerenciamento da deglutição, por um ano e dois meses. Foram analisados sensibilidade laríngea, escape oral posterior, resíduos faríngeos, por meio da Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale, penetração laríngea e/ou aspiração laringotraqueal, com aplicação da Penetration-Aspiration Scale (PAS). Constatou-se, durante o período de estudo, que não houve alteração na sensibilidade laríngea. Escape oral posterior, resíduos faríngeos e penetração laríngea estiveram presentes desde o início das avaliações objetivas. Após quatro meses da primeira avaliação, na consistência pastosa, o nível de resíduos faríngeos passou de vestígio residual para moderado, em recessos piriformes, já em valéculas, e o aumento no índice da gravidade evidenciou-se no último mês. Houve aumento na PAS em todas as consistências de alimento testadas. A presença de aspiração laringotraqueal ocorreu com líquido ralo, no último mês. Durante o período de acompanhamento da deglutição orofaríngea na distrofia miotônica tipo 1, os resíduos faríngeos e a penetração laríngea estiveram presentes desde o início das avaliações, porém, a aspiração laringotraqueal somente ocorreu no último mês do acompanhamento, com líquido ralo.

Protocols and assessment procedures in fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing: an updated systematic review

“…Among the outcomes assessed by de Lima Alvarenga et al, 23 Gozzer et al, 33 Souza et al 38 , and Souza et al, 39 there were: posterior oral leakage, pharyngeal residues, laryngeal penetration, laryngotracheal aspiration, and laryngeal sensitivity. The study by Souza et al 39 evaluated mainly residues, all of them according to each tested consistency.…”

“…Whole meal bread (two pieces with crust and one without crust) Residues determined as 0 if absent in all consistencies and as 1 for residue presented in each consistency, with a maximum score of 3 if present in the three consistencies 51 control 2. Functional assessment of swallowing c. 3% fat milk with green dye (with straw and straight from the glass) Note: 3 offers of each consistency, with approximately 5cc of volume each bolus Souza et al, 2019 38 DM 1 1 (male, 66 years) Clinical swallowing evaluation 1. FEES by ENT doctor and speech therapist a. Pasty a.…”

“…Shapira-Galitz et al 30 suggested a possibility of assessment bias at the time when the researchers needed to read the questionnaire for patients over the phone. D’Ottaviano et al, 31 Leder et al, 22 Mandysova et al, 21 Marian et al, 32 Gozzer et al, 33 Imaizumi et al, 34 Schröder et al, 35 Pilz et al, 36 Somasundaram et al, 37 Souza et al, 38 Souza et al, 39 Umay et al, 40 and Farneti et al 41 did not describe the bias assessment.…”

“…One of the studies included the evaluation of liquid in addition to the other consistencies mentioned. Three of the articles presented better and more accurate details of the protocols used to perform FEES, Warnecke et al, 26 Shapira-Galitz et al 30 and Souza et al 38 , specifying the tested consistencies, declaring the foods that were used for each consistency, the quantity offered at each moment, and how many times each consistency was offered. Of the 21 studies, 11 mentioned having used food coloring to contrast the color of the food in relation to the structures, blue or green and possible secretions present during the exam.…”

“…The other studies used different consistencies, as an example of liquid and slightly thick only. Considering the existence of consistency standardization based on IDDSI, an international diet standardization initiative 45 since 2015 and updated in 2019, only Souza et al, 38 Souza et al, 39 and Gozzer et al 33 used international validation. IDDSI favors the use of the same nomenclature worldwide, facilitating the standardization and validation of assessment protocols such as FEES for neurological populations, for example.…”