A crescente preocupação com o modelo linear de produção, levando à busca por alternativas mais sustentáveis. A economia circular surge como resposta, visando transformar a forma como produzimos e consumimos. Um dos desafios é o descarte inadequado do óleo residual de fritura (ORF), potencialmente poluente e capaz de contaminar grandes volumes de água. A pesquisa conduzida na região de Vila Velha - ES focou na reutilização do ORF na produção de sabão em barra, explorando a rica biodiversidade local, os componentes da aroeira. A incorporação dos extratos, compostos por taninos da planta na formulação do sabão, resultou em produtos mais seguros para a pele, mantendo o pH na faixa de 2 e 11,5 e a alcalinidade abaixo de 1%, de acordo com a legislação, alinhando-se à harmonia entre a economia circular e a química verde. Em concomitância propôs-se o tratamento do ORF com hipoclorito de sódio, juntamente com extratos e óleo essencial de aroeira, visando garantir a qualidade do sabão produzido. Os resultados indicaram influência nos parâmetros como umidade (reduzindo de 0,78 para 0,17%), índice de saponificação (reduzindo de 200 para 198 mg KOH/g) e índice de acidez (reduzindo de 1,00 para 0,40 mg KOH/g ), evidenciando a importância desses processos para a qualidade da matéria-prima do produto. A produção de sabão foi realizada sem aquecimento, realizaram-se análises químicas, físicas e sensoriais, convergindo para a conclusão de que soluções sustentáveis para a reciclagem do ORF demonstram a integração eficaz entre a economia circular, praticando a química verde e a produção de produtos seguros, atendendo às demandas ambientais e às preferências dos consumidores.