Em virtude da pandemia da COVID-19, vivenciada desde março de 2020, ações de enfrentamento com rápida aplicação se fazem necessárias. Conforme amplamente noticiado na imprensa, respiradores artificiais são equipamentos de grande importância na luta contra a COVID-19, principalmente em casos graves. Devido ao seu alto custo, pesquisas têm sido realizadas visando o desenvolvimento de respiradores artificiais de baixo custo, através da automatização do reanimador manual conhecido como AMBU. Neste contexto, foi desenvolvido por pesquisadores do campus Santos Dumont, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, um protótipo semelhante. Posto isso, visando responder a seguinte questão norteadora: o desenvolvimento de respiradores artificiais de baixo custo baseados na automatização de reanimadores manuais é viável para o atendimento de pessoas com deficiência respiratória? Este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade do protótipo desenvolvido no referido campus, nos atendimentos de emergência a pacientes com dificuldades respiratórias. Para isso, foram realizados ensaios pré-clínicos em bancadas, com um pulmão de testes e um boneco inflável de RCP, entre outros equipamentos capazes de validarem seu funcionamento. Nesse contexto, seu funcionamento foi demonstrado e os resultados dos testes foram submetidos a avaliação de uma banca composta por especialistas da área da saúde, a fim de comprovar, através de formulários e laudos clínicos, se o protótipo é viável ao que se propõe e se está apto a ser produzido por uma empresa autorizada pela ANVISA e testado em humanos, além de indicar em que situações ele pode ser usado, conforme orienta a RDC 386/2020 da ANVISA. Desta forma, a banca composta por seis avaliadores, avaliou o desempenho do protótipo em cinco categorias: Usabilidade, Segurança, Segurança elétrica, Ventilação mecânica e Viabilidade. Para isso, analisaram 54 proposições relacionadas às categorias mencionadas, totalizando, portanto, em de 324 avaliações, das quais, de acordo com os avaliadores, 90% destas atestaram que o protótipo é fácil de ser usado, seguro, fornece ventilação adequada e é viável ao atendimento a pacientes com diferentes níveis de dificuldades respiratórias. Portanto, após as avaliações, constatou-se que o projeto está apto a ser produzido por uma empresa autorizada pela ANVISA, podendo ser testado em humanos, observados os critérios da RDC 386/2020 da ANVISA.