Atualmente encontra-se na literatura pesquisas relevantes sobre Design Participativo (DP). Contudo, poucos demonstram iniciativas envolvendo crianças na tenra idade como parte do processo de Design de Interação (DI) para desenvolvimento de soware. Isso torna-se mais difícil quando são crianças com transtornos de neurodesenvolvimento, como autistas, que por não terem habilidades linguísticas suficientes não participam da fase de coleta de dados nem de interações posteriores para validação de protótipos. Assim, essas crianças ficam impossibilitadas de expressar suas preferências de design no desenvolvimento de aplicações criadas exclusivamente para esse mesmo público. Consequentemente, a maioria das aplicações tornam-se de propósitos gerais e inapropriadas para crianças neurotípicas. Através do DP é possível minimizar esses problemas utilizando técnicas para melhorar a compreensão linguística dessas crianças e propor abordagens para desenvolver novas aplicações com qualidade e projetadas para suprir suas necessidades. Portanto, este trabalho objetiva desenvolver um modelo de interação específico para auxílio no DI, através de aplicações lúdicas seguindo os preceitos de DP idealizada para maximizar as possibilidades de comunicação, inicialmente com crianças autistas, ao expressarem, através do contexto de design, suas representações de preferências.