Resumo Este artigo busca compreender as implicações psicossociais da pobreza para a permanência de universitários a partir das políticas de assistência estudantil. Com abordagem de natureza qualitativa, investigou oito estudantes pobres de diversos cursos em duas universidades públicas brasileiras. Para a dimensão material, destacam-se: falta de recursos para a subsistência, moradia distante ou deslocamento do local de origem, necessidade de trabalhar, falta de acesso a livros e equipamentos. Nesses aspectos, há imprescindibilidade da assistência, embora insuficiência para os que demandam. Na dimensão subjetiva, emerge a integração social no meio acadêmico, com destaque para o fator socioeconômica como marcador de fronteiras entre grupos. Os aspectos pedagógicos perpassam a defasagem na educação básica e domínio da língua estrangeira, falta de tempo e ambiente para estudo. Conclui-se que a complexidade das questões apresentadas requer uma reestruturação intersetorial das universidades.