Resumo: Objetivo: Descrever a metodologia e desafios de estudos de saúde bucal, inseridos em uma coorte prospectiva de adultos. Métodos: Foi obtida uma amostra de 2.016 adultos residentes em Florianópolis em 2009. Visitas domiciliares foram realizadas para a aplicação de um questionário sobre condições socioeconômicas e demográficas, de saúde geral, uso de serviços e de medicamentos, doação de sangue, violência doméstica e uma seção relativa à saúde da mulher. Informações sobre saúde bucal incluíram autoavaliação de seu estado, número de dentes, uso de serviços, percepção de necessidade de tratamento, ocorrência, intensidade e impacto nas atividades diárias da dor dentária, sintomas de xerostomia e dificuldade de alimentação em virtude de problemas bucais. Adicionalmente, aferiram-se a pressão arterial e medidas antropométricas. Em 2012, ocorreu a segunda onda do estudo, na qual foi aplicado um questionário sobre questões socioeconômicas, qualidade de vida, experiências discriminatórias, recordatório alimentar de 24 horas e de saúde bucal. Além disso, foi aferida a pressão arterial, medidas antropométricas, e foram realizados exames bucais (cárie, perdas dentárias e condições periodontais). Resultados: A taxa de participação foi de 85,3% (n = 1.720) em 2009 e, destes, 1.222 (71,1%) foram investigados em 2012. Conclusões: A continuidade do estudo poderá contribuir para a elucidação da causalidade de associações entre condições de saude bucal e agravos e doencas cronicas.Palavras-chave: Saúde bucal. Epidemiologia. Estudos de coortes. Fatores de risco. Desigualdades em saúde. Inquéritos demográficos.