ResumoEste ensaio teórico dedicou-se a estudar como escalas são formadas e a partir de que procedimentos é possível considerá-las válidas e aptas para o uso como instrumento científico legítimo. Nesta ótica, o objetivo deste artigo foi propor um protocolo de construção de escalas de mensuração de atitude. O protocolo proposto configura-se como a reunião lógica de passos baseados em teóricos como Allport e Hartman (1925), Thurstone (1928), Likert (1932), Campbell e Fiske (1959) e Bock (1972), que permeiam todo o caminho da elaboração de escalas, quais sejam a definição de Construto, a escolha da escala em si, a elaboração dos itens, a purificação da escala e, finalmente, a validação desta. Ao final do estudo, apresenta-se um protocolo de elaboração de escalas específico para mensuração de atitude que se diferencia dos protocolos vigentes de Churchill (1979), Rossiter (2002) e DeVellis (2003)ao reunir ineditamente um conjunto de técnicas promissoras como, principalmente, a delimitação objetiva do constructo por grupo focal, proposição de uma escala em si dicotômica, purificação da escala por teoria de resposta ao item (TRI) e validação preditiva.