Introdução: A maioria das etiologias que desencadeiam transplantes renais são explicadas pela GESF.O paciente transplantado, a fim de diminuir riscos de rejeição, é induzido à imunossupressão, o que pode acabar desencadeando intercorrências, como a PTLD. Essa doença tem alta correlação com a presença do vírus EBV. Uma grande terapêutica usada para a PTLD, é o uso do medicamento Rituximab, que também é usado para combater à proteinúria característica da GESF.Objetivos: Apresentar uma pesquisa exploratória sobre a PTLD, EBV e imunossupressão e apresentar um relato de caso sobre esse tema. Métodos: Pesquisa exploratória dos temas discutidos no caso clínico e busca em acervo pessoal a respeito de um caso clínico bem sucedido. Resultados: Paciente de 11 anos, submetido a transplante renal após 8 anos de GESF, que induziu síndrome nefrótica crônica. Paciente recebeu imunossupressor, e apesar disso, cursou com rejeição. Rejeição curada, mas após um tempo houve recidiva da GESF. 8 meses após, paciente iniciou quadro sugestivo de PTLD, confirmado por biópsia. Iniciada quimioterapia, com o uso de Rituximab, que contribuiu para o fim da PTLD e da GESF.Discussão: A GESF é uma doença de origem idiopática autoimune, responsável pela causa de síndrome nefrótica na infância e a longo prazo pode gerar insuficiência renal crônica, sendo necessário a realização de transplante. Para evitar rejeição pós-transplante, o uso de um imunossupressor se faz necessário. Nesse contexto, se destaca a ciclosporina, que gera uma inibição da proliferação das células T, que possuem grande importância para o sistema imune. O EBV, se presente no organismo, invade as células B e começa a se proliferar descontroladamente diante da queda dos mecanismos de defesa do organismo, gerando a PTLD. Conclusão: Portanto, pode-se dizer que há uma relação entre o uso de imunossupressores como a ciclosporina e o surgimento de distúrbios como o PTLD, quando associados ao EBV.