A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) é uma necessidade fundamental em laboratórios de aulas práticas para assegurar a proteção dos profissionais e acadêmicos que utilizam o espaço. Entretanto, o uso inadequado desses equipamentos pode acarretar a proliferação de microrganismos patogênicos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a presença de microrganismos em jalecos e máscaras de tecido utilizadas por acadêmicos dos cursos de biomedicina e ciências biológicas. A coleta foi realizada pela técnica de swab de superfície, utilizando-se swabs estéreis umedecidos em solução salina, os quais foram friccionados no punho do jaleco e na superfície interna da máscara, sendo, em seguida, semeados em placas de Petri contendo o meio de cultura Ágar Nutriente. As placas foram incubadas em estufa bacteriológica a 37ºC, durante 24 horas. Após este período, o crescimento bacteriano foi avaliado com base nas características macroscópicas das colônias, sendo isoladas aquelas com características distintas. As colônias isoladas foram identificadas com base na coloração de Gram e em testes bioquímicos para identificação das espécies bacterianas. Os resultados macroscópicos permitiram observar a presença de três colônias distintas tanto no jaleco, identificadas com CJ1, CJ2 e CJ3, como na máscara, identificadas como CM1, CM2 e CM3. Os resultados da coloração de Gram mostraram a presença de cocos e bacilos Gram positivos. As provas bioquímicas revelaram a presença de Staphylococcus epidermidis (CJ1, CM2 e CM3), compreendendo 50% das colônias bacterianas isoladas; Staphylococcus aureus (CJ2 e CJ3), 33,33% e Bacillus sp. (CM1), 16,66%. Considerando que os equipamentos de proteção individual são essenciais nas práticas laboratoriais, faz-se necessário a atenção aos cuidados de higiene básica com os equipamentos para evitar a proliferação e disseminação de agentes infecciosos.