Detecção E Caracterização De Enteroparasitos Em Animais Silvestres Do Estado Da Bahia

Abstract

O desenvolvimento do capitalismo desencadeou rápidos processos de urbanização, afetando assim de forma drástica o meio ambiente ocasionando uma perda progressiva da biodiversidade em consequência da fragmentação do habitat e do desequilíbrio ecológico. Essas alterações são responsáveis pela migração de algumas espécies selvagens para o perímetro periurbano (MACHENSTEDT, 2015), favorecendo as interações da fauna silvestre com animais domésticos e humanos, aumentando assim a probabilidade de transmissão e disseminação de doenças zoonóticas.A prevalência de parasitos intestinais pode variar de acordo com fatores demográficos, geográficos, climáticos, comportamentais e populacionais do hospedeiro. A natureza da infecção nos animais, possivelmente está interligada ao tipo de nicho ecológico dentro do seu habitat natural, possibilitando assim atuarem como hospedeiros intermediários, paratênicos ou definitivos. (RUAS, 2008)O estudo das zoonozes permite avaliar o potencial de animais selvagens como propagadores de doenças infecciosas em humanos e constatar as alterações da dinâmica dentro das populações silvestres em decorrência da prevalência dos parasitos (THOMPSON,2009).

Reintroduction and monitoring of the bird Amazona aestiva (Psittaciformes: Psittacidae) in Brazil

“…Amazona aestiva was the most common parrot species in the CETAS of Vitória da Conquista, Bahia, with 81.3 %. This species is the tenth most frequent among the birds that entered the CETAS of Bahia between 2009 to 2019, with a total of 1 429 specimens (dos Santos, 2021). These figures reveal the complexity of the management and destination of these animals.…”

Blastocystis spp. em diferentes hospedeiros dos biomas da região Centro-Oeste do Brasil

“…As características do habitat desempenham um papel fundamental na exposição a enteroparasitoses. Regiões como o Pantanal e a Amazônia, que são ambientes mais úmidos, podem criar condições favoráveis para a sobrevivência e disseminação do parasita (Santos, 2017;Moreno et al, 2018). Além disso, a disponibilidade de água, a qualidade da água e a proximidade de corpos d'água também podem afetar a exposição ao parasita.…”

“…O desequilíbrio ambiental ocasionado pelas ações antrópicas é um dos responsáveis pelo aumento na incidência de patógenos (Rosales;Malheiros, 2017), ações essas que causam uma maior interação entre animais de vida livre, de criação e domésticos (Machenstedt, 2015), facilitando a dispersão de agentes parasitários a novos hospedeiros e criando assim, novos nichos ecológicos parasitas/hospedeiro (Corrêa;Passos, 2001). Outros fatores que podem causar o aumento na incidência de patógenos são: demográficos, geográficos, climáticos, comportamentais e populacionais do hospedeiro (Santos, 2017). Embora lacunas na compreensão do modo de infecção de Blastocystis spp., persistam, é amplamente reconhecido na comunidade científica, que sua transmissão ocorra predominantemente pela via fecal-oral (Koloren et al, 2018;Moreno et al, 2018).…”