A determinação da viabilidade de segmentos intestinais e do grau de isquemia a partir de critérios clínicos pode ser de extrema dificuldade para o cirurgião. Faz-se necessário lançar mão de métodos auxiliares para se atestar o grau de comprometimento da alça intestinal, muitas vezes inaparenteà avaliação clínica. O presente trabalho apresenta uma revisão de literatura dos principais métodos existentes para se fazer essa avaliação, descrevendo a técnica e equipamentos necessários para cada um, bem como os resultados da aplicação dos mesmos. Os principais métodos auxiliares encontrados na literatura se dividem em experimentais: eletromiografia, laser Doppler sem contato e Imagem térmica; e clínicos: avaliação exclusiva por critérios clínicos, Doppler ultrassom, laser Doppler, injeção intravascular de corantes, oximetria superficial, oximetria de pulso, termometria, pHmetria, tonometria e fotopletismografia infravermelha. São também reinterados os resultados da indicação e realização das relaparotomias no manejo de pacientes com insuficiência vascular mesentérica. Após a revisão de literatura, pudemos concluir que o Doppler ultrassom e a injeção intravenosa de fluoresceína representam os métodos auxiliares para a avaliação perioperatória da viabilidade intestinal mais utilizados devidoprincipalmente ao seu baixo custo e relativa facilidade de uso. Optamos por destacar o papel da laparoscopia pós-operatória no segmento de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de insuficiência vascular mesentérica, em especial naqueles em que a avaliação da viabilidade intestinal foi duvidosa.