RESUMO:O avanço do conhecimento médico e o desenvolvimento da tecnologia para diagnós-tico e tratamento das doenças que afligem os seres humanos têm permitido um aumento da longevidade das pessoas hígidas e daquelas que possuem agravos agudos ou crônicos. Embora estes avanços estejam heterogeneamente distribuídos, há uma nítida melhora das condições de atendimento médico em nosso meio e isto tem feito com que pacientes que anteriormente evoluíssem para o óbito, tenham condições de se manterem vivos em diferentes condições de qualidade de vida. Isto tem feito com que os hospitais tenham que aumentar as áreas de atendimento e cuidados de pacientes críticos. Estes pacientes têm sido beneficiados pela tecnologia de diagnóstico, principalmente, de imagem existente e, quase sempre, para ter acesso a estes benefícios, estes pacientes precisam ser transportados para fora da área de cuidados intensivos e manter o mesmo nível de monitorização para que não haja problemas. É aí que está a grande importância do transporte do paciente crítico que, no geral, vem sendo muito negligenciada pelos profissionais de saúde. O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão dos vários momentos, fases e cuidados envolvidos no transporte intra-hospitalar, discutindo as suas diversas modalidades.
Descritores
1-INTRODUÇÃOA decisão de transportar um paciente crítico deve ser baseada na avaliação e ponderação dos benefícios e riscos potenciais. A razão básica para o transporte do paciente crítico é a necessidade de cuidados adicionais (tecnologia e/ou especialistas) não disponíveis no local onde o paciente se encontra 1 . O transporte pode ser intra ou inter-hospitalar. O transporte intra-hospitalar é necessário para a realização de testes diagnósticos (tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, angiografias, dentre outros para intervenções terapêuticas (como para o centro cirúrgico) ou para a internação em centro de terapia intensiva (CTI). O transporte inter-hospitalar é realizado sempre que se necessita de maiores recursos humanos, diagnósticos, terapêuticos e de suporte avançado de vida, que não estão presentes no hospital de origem.O transporte do paciente crítico sempre envolve uma série de riscos, sendo que o problema mais freqüente é a falha no controle das funções cardior-