O objetivo deste trabalho é explicar o quanto o efeito-fronteira interferiu nas negociações comerciais goianas no ano de 2009. Esse efeito foi estimado empiricamente por meio do estimador Poisson Pseudo-Maximum-Likelihood (PPML), utilizando dados de corte seccional para os 20 principais parceiros comerciais internacionais do Estado de Goiás, mais 26 Unidades Federativas brasileiras. Mesmo que Goiás venha expandindo os produtos comercializados por meio dos incentivos de políticas públicas e por meio da capacidade empreendedora dos agentes econômicos, os resultados encontrados no estudo indicam que os produtos comercializados por Goiás são, em sua maioria, da agroindústria e que o comércio goiano com as Unidades Federativas brasileiras é significativamente maior do que o comércio com regiões internacionais, apontando assim um forte viés doméstico. Para as Unidades Federativas brasileiras que dividem fronteiras com Goiás, os resultados dão pistas de que o comércio é, em média, maior do que com as demais.