Estudou-se a lixiviação da cebola roxa, com intuito de se obter um metabólito secundário chamado flavonoide quercetina. Os ensaios de lixiviação foram realizados em laboratório, em regime descontínuo. Para verificar a influência de variáveis utilizou-se uma análise de variância empregando-se o quadrado hiper-grego-latino. Do emprego da técnica, concluiu-se que todas as variáveis investigadas, indicadas a seguir, influenciam no processo de lixiviação: a temperatura de secagem da cebola, tipo e composição do solvente, temperatura de lixiviação, agitação e relação carga/solvente. O trabalho experimental foi desenvolvido em parceria com o Centro Universitário FEI, onde se realizou toda a etapa experimental. Para a modelagem da lixiviação selecionaram-se, da literatura, os modelos considerados fenomenológicos, em detrimento dos empíricos. Os modelos de Crank (1975), Perez (2011) e Espinoza (2007), têm como característica a fundamentação nos fenômenos de transporte e, portanto, explicitam objetivamente os mecanismos e parâmetros da cinética de transferência de massa. Implementaram-se estes modelos de forma a simular os dados experimentais de uma cinética de lixiviação, considerando-se diferentes rotinas de minimização da soma do erro quadrático. Dessa forma, foram estimados os parâmetros de transferência de massa, principalmente a difusividade efetiva, cujos resultados são condizentes entre os modelos e com dados da literatura. A estimativa da difusividade efetiva, devido ao ajuste de dados ao modelo de Crank, resultou em 3,1𝑥10 −11 m²/s; para o modelo de Perez resultou em 6,2𝑥10 −11 m²/s; e para o modelo de Espinoza resultou em 3,7𝑥10 −11 m²/s. Palavras-chave: Quercetina. Allium cepa L.. Extração sólido-líquido. Transferência de massa. Difusividade efetiva.