Os medicamentos são apontados como micropoluentes emergentes, seu descarte inadequado em locais impróprios, podem causar efeitos negativos à saúde humana e ao meio ambiente. O farmacêutico, enquanto educador em saúde, deve orientar ao uso racional e o descarte adequado dos medicamentos vencidos ou em desuso. A educação em saúde promove a autonomia, responsabilidade e maior participação dos indivíduos no cuidado a saúde. Com os objetivos de orientar a comunidade da importância do descarte adequado, analisar de que forma está sendo desprezados os medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, refletir sobre os riscos ambientais e sanitários do descarte inadequado e de possíveis soluções, a Farmácia Escola UFPR, promoveu uma campanha educativa sobre o descarte consciente de medicamentos. Durante a campanha, foi aplicado um questionário para verificar a percepção e conhecimento sobre o tema, orientações e esclarecimentos, e exposição de cartazes interativos. Foram entrevistadas 515 pessoas, destas 48,13% descartavam seus medicamentos de forma incorreta, 59,51%, afirmaram que os medicamentos venciam devido a sobras de tratamento e 65,82% dos participantes, declararam nunca ter visto campanhas sobre descarte de medicamentos e, após a abordagem 91,63% dos entrevistados relataram que as informações repassadas foram úteis. O descarte inadequado de medicamentos vencidos ou em desuso constitui um problema de saúde pública. Assim, é necessária a adoção de medidas de desenvolvimento de campanhas educativas, de uso e descarte correto, automedicação responsável, prática da venda fracionada, e a implantação da logística reserva integrada para solucionar este problema.