A laranja 'Pera' tem importância econômica significativa no Brasil para a produção de suco, necessitando da exploração de tecnologias de prevenção de perdas pós-colheita para melhorar a vida útil e a qualidade geral. Este estudo avaliou coberturas comestíveis à base de pectina contendo óleos essenciais de limão e Mentha arvensis L., visando preservar a qualidade da laranja ‘Pera’. Várias composições de revestimento foram testadas com concentrações de pectina de 0,5% (p/v), 1% (p/v) e 2% (p/v). O sorbitol (20% p/p do polímero) serviu como plastificante, e a emulsão de óleo essencial (0,4% v/v) foi introduzida nas laranjas sem pectina (E), bem como nas concentrações de 0,5% e 1% do polímero. As laranjas passaram por aplicação de revestimento e foram armazenadas por 29 dias a 20 °C e analisadas a cada 4 dias. A avaliação visual utilizou fotos e análise de cores seguindo o sistema CIELAB. O peso dos frutos foi medido em intervalos e a porcentagem de perda de peso foi calculada em relação ao peso inicial. Os resultados indicaram que as amostras com 0,5g de pectina/100g (16,64) e o grupo controle (15,52) exibiram maior variação de cor e alterações visuais mais pronunciadas, enquanto aquelas tratadas com 1 g de pectina/100g de pectina (5,75) demonstraram alterações mínimas em ambas as análises. As perdas de peso foram maiores nos tratamentos E (11,99%), sendo as menores observadas no grupo 0,5 g de pectina/100g (9,26%). Estas descobertas destacam o potencial dos revestimentos à base de polissacarídeos na preservação da qualidade pós-colheita, embora variações no amadurecimento dos frutos sugiram a necessidade de estudos futuros com grupos experimentais maiores.