Recebido em 6/1/09; aceito em 7/8/09; publicado na web em 21/1/10 PRODUCTION BY EMULSION METHOD OF ALGINATE MICROPARTICLES CONTAINING INACTIVATED Flavobacterium columnare FOR ORAL FISH VACCINATION. Alginate microparticles were prepared by an emulsion method aiming oral controlled release of antigens to fish. The effects of emulsification temperature and impeller type on particle morphology, average diameter, and size distribution were evaluated. Microparticles contaning formalin-killed Flavobacterium columnare cells (a model antigen) were prepared and characterized regarding bacterial release and particle stability when exposed to Nile tilapia (Oreochromis niloticus) typical gastrointestinal conditions. This methodology allowed the production of microparticles containing up to 14.3 g/L of bacterin, stable at a pH range from 2.0 to 9.0 for 12 h and smaller than 35 mm.Keywords: alginate microparticles; emulsion; fish vaccine.
INTRODUÇÃODentre as atividades que têm demonstrado grande potencial quanto ao acesso e fornecimento de alimentos ricos em proteínas, destaca-se a piscicultura. Nesses sistemas, as altas densidades de estocagem, o manejo intenso dos animais e a baixa qualidade da água contribuem para a ocorrência de doenças infecciosas, um dos principais entraves para o sucesso desta atividade no país. Com a intensificação e ampliação da piscicultura, a ocorrência destas doenças tende a aumentar significativamente.Dentre as enfermidades diagnosticadas em peixes, as de etiologia bacteriana estão entre as mais impactantes, devido às altas taxas mortalidade e ao custo elevado para sua prevenção e controle. Destaca-se, neste sentido, a espécie Flavobacterium columnare, que é considerada um patógeno de ocorrência mundial capaz de causar doenças em praticamente todos os tipos de peixes de água doce.1,2 Atualmente, o tratamento da doença é realizado através de banhos com substâncias desinfetantes e antibioticoterapia oral.3 No entanto, o uso de antibióticos em sistemas de cultivo de peixes é bastante problemático, uma vez que o uso repetitivo destes pode levar ao desenvolvimento de microorganismos resistentes no ambiente e na microbiota dos animais. 4 Uma alternativa mais conveniente é a imunoprofilaxia, que consiste no estímulo da imunidade específica e não específica do peixe pelo contato com patógenos atenuados e/ou inativados. Sua administração na forma de vacinas leva a uma diminuição da dependência do uso de antibióticos.5 Dentre os métodos de imunização que se têm mostrado atraentes, destacam-se as formulações injetáveis e as administradas por imersão e via oral. A vacinação oral, na qual se mistura o agente vacinal à ração, é uma técnica pouco invasiva, de fácil administração, de custo moderado frente aos demais métodos e que provoca estresse mínimo nos peixes sendo, por estas razões, bastante vantajosa.Assim, pesquisas focadas na proteção dos antígenos contra os processos digestivos e de sua possível decomposição durante a passagem pelo trato gastrointestinal têm sido realizadas, 5 sendo uma estratégia comum...