O cobre (Cu) é um metal pesado que nas doses adequadas é essencial para as plantas, mas em doses elevadas potencialmente pode ser tóxico às espécies agrícolas. Contudo, a utilização de bactérias fixadoras de nitrogênio pode ser uma alternativa para o cultivo de soja em área contaminado com cobre. A tolerância ao excesso de Cu pelas raízes se dá com a imobilização do Cu na parede celular, exclusão ou restrição da absorção, compartimentalização no vacúolo com complexos solúveis. Objetivou-se neste trabalho determinar a influência do uso de bactérias fixadoras no desenvolvimento, resposta fisiológica e na bioacumulação de cobre na soja cultivada em solo contaminado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial 7 x 2, sendo, sete doses de cobre (0, 80, 160, 240, 320, 400 e 480 mg de cobre kg -1 de solo), duas inoculações (com Bradyrhizobium japonicum e sem inoculação - testemunha), com 8 repetições. Avaliou-se a altura da parte aérea, diâmetro do colo, número de grãos por planta, massa seca da parte aérea e sistema radicular, área foliar, área superficial específica de raízes, teores de cobre na parte aérea, radicular e grãos, índice de translocação e tolerância, fator de bioconcentração, coeficiente de bioacumulação, parâmetros da clorofila, número e massa seca de nódulos. A inoculação com B. japonicum proporciona incrementos nos caracteres fisiológicos, na altura de planta, área superficial específica de raízes e no rendimento de grãos da soja em solo contaminado com cobre. A soja apresenta baixa eficiência em translocar o cobre para parte aérea, porém seu teor no grão inviabiliza sua recomendação de cultivo em solo contaminado com este metal.