O diabetes mellitus (DM) afeta mais de 150 milhões de indivíduos, podendo atingir 5.4% da população em 2025. Nos diabéticos, fatores aterotrombóticos e pró-inflamatórios contribuem para disfunção endotelial, aterosclerose e doença arterial coronariana (DAC). O DM e a DAC trazem impactos negativos na qualidade de vida (QV), sendo mais acentuados nos idosos, todavia os aspectos envolvidos não são claramente conhecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar se idosos, com DAC e DM (Grupo I), apresentam a mesma QV que os idosos com DAC mas não diabéticos (Grupo II). Estudo prospectivo, transversal e multicêntrico, (janeiro de 2017 até dezembro de 2019). Foram 502 pacientes com DAC em idosos, sendo 190 diabéticos (69 ± 5,6 anos) e 312 não diabéticos (68 ± 4,3) submetidos ao questionário short form (SF36) para análise da QV, com coleta de dados clínicos, sociais e econômicos. Entre as comorbidades, a taxa de AVC foi maior nos diabéticos (34(18%) vs 31(10%); p=0,02). Entre os grupos, não houve diferença no sexo masculino, HAS, dislipidemia, infarto prévio e tabagismo. Capacidade funcional, aspectos físicos, dor e aspectos emocionais não foram diferentes entre os grupos. O estado geral de saúde (52 vs 60; p <0,001), vitalidade (55 vs 60; p<=0,006), aspectos sociais (62 vs 75; p=0,04) e a saúde mental (60 vs 68 p= 0,005) foram significativamente inferiores nos pacientes diabéticos. Conclusões: A avaliação comparativa entre grupos mostrou que DAC nos idosos diabéticos apresenta pior QV. DAC em idosos mostram QV não satisfatória nos dois grupos, mesmo não DM.