A gestação é um fenômeno fisiológico que engloba inúmeras mudanças, sendo que as principais envolvem o metabolismo da mulher. Frente a isso, sabe-se que algumas alterações resultam em um curso gestacional irregular, resultando em maiores chances de complicações, interferências e óbito para o binômio materno-fetal, determinando, portanto, a chamada gestação de alto risco. Entre as diversas etiopatogenias há a diabetes mellitus gestacional (DMG), a qual mediante efetividade da realização do seu tratamento resulta em redução de possíveis desfechos desfavoráveis durante e após a gestação. Desse modo, este estudo visou à realização de um levantamento quantitativo por meio da aplicação de questionários sobre o nível de adesão ao tratamento de mulheres diagnosticadas com DMG, bem como a identificação dos principais fatores que as impedem a aderência adequada em um ambulatório de gestação de alto risco da cidade de Cascavel/PR. Foram entrevistadas 42 mulheres, a partir da aplicação de um questionário geral, Teste de Morisky-Green e adaptação do questionário de atividades de autocuidado. De modo geral, a adesão e a realização das terapêuticas dietéticas, medicamentosa e a monitorização glicêmica ocorreram de modo efetivo, expressando um valor estatisticamente significativo (> 50%). Por outro lado, a atividade física foi o pilar com menor número de adesão e realização diária. Ademais, foi possível concluir que a condição financeira e o trabalho são os principais motivos para o não seguimento terapêutico efetivo entre as participantes que apontaram algum fator causal.