“…Para Mendonça (2004), quando há um aumento na atividade sérica das enzimas hepáticas em cães pode ser considerado indicativo de doença hepática, em nossa pesquisa os exames em maior quantidade foram os de cães (Figura 2) sendo que a maior alteração hepática descrita nesses exames foi a de FAL (Figura 3), o que pode ser relacionado ao fato de os cães poderem apresentar valores aumentados em até 10 vezes de FAL no caso de doenças colestáticas intra ou extra-hepática ou ainda devido ao uso de drogas como os corticoides (RODRIGUES, 2005;BATISTA, 2016;CABRAL et al, 2022). Nos felinos as alterações mais frequentes foram de ALT com 35% e creatinina com 12% dos dados analisados (Figura 3 e 4) o que pode ser devido a prevalência de doenças renais na espécie felina ser de 1,6 a 20%, sendo maior que a da espécie canina que é de 0,5 a 7% (RABELO et al, 2022), outro fator predisponente é a senilidade e tem uma prevalência superior a 60% em gatos com mais de 15 anos de idade (BARTGES, 2012;RABELO et al, 2022). Quanto as alterações encontradas para ALT (Figura 3), vários transtornos como: hipóxia, acúmulo de lipídeos hepáticos, doenças bacterianas e virais, inflamações, neoplasias hepáticas, toxinas, bem como medicamentos podem induzir a lesão hepatocelular e culminar na liberação de ALT para a corrente circulatória dos cães e gatos, sendo que a ALT tem uma meia vida estimada de 17 a 60 horas em cães e de 3,5 horas em gatos (BATISTA, 2016;THRALL, et al, 2015).…”