ResumoO presente estudo teve como intuito realizar uma revisão narrativa sobre o déficit cognitivo em idosos hospitalizados e institucionalizados, que utilizaram como instrumento avaliador o Mini Exame do Estado Mental -MEEM. Sendo este, um exame de fácil e rápida aplicação, abrangendo todos os aspectos cognitivos em sete categorias, atribuindo de 0 a 30 pontos. Realizado no período de maio a novembro de 2017, nas bases de dados SciELO, Lilacs, Medline, Pubmed com publicações de 2001 a 2017. Os artigos selecionados apontaram um declínio cognitivo em idosos que foram submetidos à internações devido um quadro patológico agudo, ressaltando a existência de grupos de risco específicos. Questionando, assim, a idade como fator determinante no declínio cognitivo. A mudança de ambiente, imobilismo e depressão são os principais fatores responsáveis pelo déficit cognitivo gerado durante a hospitalização. Com o avanço desse processo, o idoso está susceptível a desenvolver incapacidade funcional e demência, tornando-o propenso a adquirir patologias segundarias. Os artigos deixam claro a importância do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ser aplicado na primeira anamnese, durante a avaliação inicial e em exames de rotina, para acompanhar de forma concisa a evolução cognitiva do paciente, a fim de mensurar fatores individuais que predispõe o desenvolvimento do declínio e tracejar objetivos que diminuam danos irreversíveis no paciente. Conclui-se que novos estudos devem ser realizados para verificar esse declínio no ambiente hospitalar e fora dele, possibilitando um comparativo de esclarecimento sobre os idosos apresentarem sinais de declínio cognitivo previamente á internação, cujo ambiente hospitalar apenas agravaria esse quadro ou se desenvolveram de forma aguda o declínio cognitivo.
Palavras
IntroduçãoGradativamente a expectativa de vida aumenta devidos fatores sociais, econômicos e tecnológicos, resultando numa inversão da pirâmide etária onde a população a cima de 65 anos é maior que crianças até quatro anos com 7,4% e 3,6% respectivamente 1 . Esse estado de transformação faz com que a atenção a saúde se destaque, em razão do processo de declínio da capacidade cognitiva fisiológico em idosos, enfatizando a participação de um auxilio maior a esses indivíduos². Entretanto é importante diferenciar o declínio cognitivo como fisiológico ou patológico, a fim de avaliar o nível de complexidade da mesma, para assim traçar objetivos e organizar condutas para minimizar sua progressão³. Segundo Cunha et al.
4, 35% dos idosos sofrem um declínio na capacidade cognitiva quando são hospitalizados, onde o grupo de maior faixa etária possui elevado índice patológico, aumentando a chance de dependência comparada a idades inferiores. Ademais, indivíduos a cima de 85 anos apresentam mais de 50% de declínio cognitivo, levando os autores à conclusão de que a melhora e a piora do quadro clínico do paciente está altamente relacionado a idade do mesmo 4 . O método mais utilizado para a avaliação do declínio cognitivo é o Mini Exame do Estado Ment...