A leucemia caracteriza-se como um neoplasma hematológico originado na medula óssea, que resulta em uma proliferação anômala de leucócitos. Esses leucócitos anormais geralmente apresentam funcionalidade reduzida e podem inibir a produção de células sanguíneas normais. O presente estudo objetiva elucidar os impactos desta patologia no sistema de saúde pública brasileiro, analisando os padrões de prevalência, as disparidades regionais nas taxas de internação, a distribuição demográfica por sexo e faixa etária, além dos custos associados ao tratamento da doença entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2024. Para tanto, adotou-se uma metodologia de análise de dados secundários coletados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os resultados revelam um total de 206.363 internações registradas durante o período sob análise. Dessas, 84.526 (40,96%) ocorreram na Região Sudeste, 55.272 (26,78%) no Nordeste, 38.607 (18,71%) no Sul, 14.157 (6,86%) na Região Centro-Oeste e 13.801 (6,69%) na Região Norte. Do total, 117.294 (56,84%) acometeram pacientes do sexo masculino, enquanto 89.069 (43,16%) foram do sexo feminino. Das 206.363 internações, 126.285 (61,20%) referem-se a pacientes com idades variando de menos de 1 ano a 29 anos, enquanto 80.078 (38,80%) ocorreram em indivíduos com idades entre 30 anos e mais de 80 anos. Os custos associados ao manejo da leucemia foram significativos, somando aproximadamente R$ 715,811,871.25, refletindo um impacto considerável nos recursos financeiros destinados à saúde pública. As conclusões do estudo enfatizam a necessidade de estratégias de saúde pública mais direcionadas e efetivas, assim como destacam a importância de investigações continuadas para compreender melhor os determinantes da variação na incidência de leucemia no Brasil. Este trabalho constitui uma base essencial para futuras pesquisas e políticas de saúde focadas na leucemia no contexto brasileiro.