A esporotricose é uma infecção micótica subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix schenckii, após sua implantação traumática da derme. É caracterizada pelo importante perfil de transmissão zoonótica. Acomete principalmente os animais domésticos, sendo os felinos a única espécie animal que desempenha a função de reservatório do fungo, apresentando lesões de evolução subaguda a crônica, com transmissão a outros animais e humanos associada a ferimentos por mordidas e arranhões. Esse estudo objetivou estudar o conhecimento, a atitude e a prática dos médicos veterinários em relação à esporotricose e ao seu controle, bem como apresentar as características sociodemográficas desses profissionais. O estudo foi realizado por meio da plataforma Google Forms, empregando questionário destinado a médicos veterinários nas regiões administrativas do Distrito Federal. Os dados foram obtidos pelas respostas de 23 colaboradores. Os resultados sugerem um conhecimento parcial sobre a doença, revelando a necessidade de maiores estudos que venham fundamentar a prática do profissional veterinário, tendo em vista que a pesquisa demonstrou algumas incongruências em relação ao conhecimento e a prática do diagnóstico, principalmente ao que diz respeito às ferramentas de controle, e à técnica padrão ouro do diagnóstico de esporotricose que consiste no isolamento microbiológico de amostras clínicas obtidas de lesões ativas, pus, secreções ou biópsias com identificação do fungo. A pesquisa encaminha para a necessidade de ressaltar a importância de estudos de casos no DF que se dediquem ao tema, considerando que parte dos colaboradores revelam desconhecimento da técnica precisa do diagnóstico.