Cães idosos são propensos a adquirirem inúmeras enfermidades de curso crônico, sendo importante a geriatria como campo da medicina veterinária. É visível o vínculo emotivo que tutores apresentam com seus cães, consequentemente gerando preocupação maior com a expectativa de vida dos seus animais. As alterações cognitivas são comumente vistas no decorrer da senilidade, sendo a Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC), um exemplo. A SDCC é uma enfermidade neurodegenerativa e se inicia acima dos seis anos de idade, dependendo do porte do cão, podendo apresentar sinais clínicos específicos de declínio cognitivo. Porém, com a falta de esclarecimento, os responsáveis não desconfiam que tal doença possa afetar seu animal de estimação, achando que todo sinal clínico interligado ao envelhecimento é habitual. O diagnóstico definitivo é o histopatológico e o diagnóstico por exclusão é realizado por meio de exames de imagens, exames clínicos, laboratoriais e análise de líquor, além do implemento de questionários. Já o controle dos sinais clínicos é feito com utilização de medicamentos específicos, enriquecimento ambiental, entre outros aspectos, todos com o desígnio de aumentar a expectativa de vida do paciente e retardar a evolução da doença. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é identificar sinais de alterações cognitivas senis em cães. Foi disponibilizado um questionário para tutores de cães acima dos seis anos de idade, com cinco sinais clínicos destacados na literatura, para analisar os sinais apresentados compatíveis com SDCC. Os animais foram separados em dois grupos de idade, um de seis a onze anos e outro de doze a dezenove anos, sendo em seguida utilizado o teste Qui-Quadrado para revelar se existe significância entre o aumento dos sinais com o avançar da idade, utilizando P < 0,05, para o nível de significância. Quatro dos cinco sinais clínicos foram significativos para o grupo dos cães de doze a dezenove anos. Desta forma, infere-se que há diferença entre as faixas de idades.