“…Dentro de sua esfera de atuação, ela é um guia, um sol, para o homem em tudo o que se relaciona com sua vida terrena. Se por um lado a distinção entre homens e animais surgiu para Luther em uma leitura do texto de Santo Agostinho, David Löfgren acredita que sua delimitação ao uso terreno teria surgido no texto De votis monasticis iudicium (1521), quando Luther condena o claustro dos monges, que seria uma atitude anti-natural, anti-racional269 . Neste texto teria ficado explícito, pela primeira vez, que a razão, quando considerada a partir de assuntos terrenos, deve ser vista como autoridade última e nunca ser colocada em dúvida270 .A partir disso, a razão se torna para Luther ferramenta indispensável para a conduta humana, índice de seu domínio sobre a terra 271.…”